O responsável russo, em declarações aos jornalistas após o encontro com Manuel Vicente, admitiu que na área dos diamantes o trabalho do gigante mundial dos diamantes, ALROSA, é suficiente para já, mas abriu a porta à entrada de novos investidores quando estiver claro todo o potencial do subsolo angolano plasmado no Planageo.

O Planageo é um estudo nacional exaustivo sobre o potencial geológico angolano, que está a ser realizado com o apoio dos institutos geológico de Portugal e Espanha, e que já revelou alguns tesouros, como a extensão para Angola em milhares de quilómetros quadrados da "Copperbelt", uma jazida gigantesca de cobre, mas também de outros minérios, que se prolonga da Zâmbia e da RDC para o território nacional.

Ouro, novas áreas diamantíferas, estanho, constituintes do coltão, fosfatos... são algumas das novas riquezas postas a descoberto pelo Planageo, que já viu concluída a primeira fase, estando agora a ser mapeada a segunda fase, embora o Governo já esteja a promover o seu potencial em diversas capitais mundiais para atrair investidores.

Outro ponto referido pelo vice-primeiro-ministro da Rússia, neste visita a Angola, foi o lançamento do satélite angolano Angosat, que deve chegar a órbita nos próximos meses, estando actualmente em fase de testes.

Tutnev afirmou mesmo que o ministro das Telecomunicações e Tecnologias da Informação, José Carvalho da Rocha, deve seguir para Moscovo nos próximos dias para ultimar os pormenores referentes ao lançamento do primeiro satélite angolano, que há vários anos está a ser construído na Rússia com um custo inicialmente previsto na ordem dos 400 milhões de dólares.