A extensão do acordo por mais nove meses, segundo as agências, foi decidida na reunião que hoje teve lugar na capital austríaca, mas a definição das novas linhas do acordo já estava decidida antes, como o atestam as declarações dos ministros que tutelam o sector no conjunto de produtores, nomeadamente da Arábia Saudita, que preside à OPEP actualmente, e da Rússia, o não-membro mais empenhado nesta estratégia para reduzir o excesso de produção actual e impulsionar os preços nos mercados internacionais.
No entanto, os mercados reagiram ao anúncio da extensão do acordo para Março de 2018 em sentido contrário ao esperado, descendo mesmo o Brent (negociado em Londres e que é a referência para as exportações angolanas) descido cerca de 1 por cento, para pouco menos de 54 dólares.
Mas os analistas consideram, pelo menos alguns, que esta reacção não deve ser tida em conta porque a manutenção dos cortes por mais tempo significa menos crude no mercado e a isso corresponderá sempre a um aumento do preço em pouco tempo.