O ressurgimento da violência entre a milícia cristã anti-Balaka e os rebeldes da União pela Paz na África Central provocou uma situação de emergência, nomeadamente em Alindao, Bangassou e Mobaye, na região sul do país, e Bria, no centro, cidades que estão a ser "devastadas".

"O aumento da tensão poderia levar a uma crise com consequências mais graves que a de 2013", advertiu a ONU, que lamentou ainda a falta de apoio financeiro internacional para enfrentar esta situação.

As Nações Unidas lembraram que o plano de resposta foi orçamentado em 399 milhões de dólares, dos quais receberam apenas 64,8 milhões.

Os confrontos e os ataques desses grupos armados - que também tiveram como alvo tropas da ONU - levaram a missão das Nações Unidas no país, MINUSCA, a reforçar as suas posições nas regiões afectadas.

A República Centro-Africana vive um complicado processo de transição desde que os antigos rebeldes do grupo Séléka derrubaram o presidente François Bozizé, em 2013, o que gerou uma onda de violência sectária entre muçulmanos e cristãos, que deixou milhares de mortos e obrigou cerca de um milhão de pessoas a abandonar as suas casas.