O futebolista, sobre quem há largos meses, segundo a imprensa do país, recai a suspeita de ter sonegado ao fisco espanhol vários milhões de euros, viu hoje a Fiscalia Provincial de Madrid acusá-lo formalmente de quatro crimes de fraude fiscal alegadamente cometidos entre os anos de 2011 e 2014.

O esquema utilizado por Ronaldo, ou CR7, como também é conhecido no folclore futebolístico mundial, para, presumivelmente, escapar ao pagamento de quase 15 milhões de euros em impostos agora reclamados na justiça pelo estado espanhol, passava por uma empresa criada em 2010 para por lá fazer "desaparecer" em paraísos fiscais o dinheiro oriundo dos seus rendimentos com os direitos de imagem obtidos em Espanha de forma, segundo o Ministério Público, "voluntária e consciente".

O caso de Lionel Messi, a outra estrela mundial que mais brilha no firmamento dos campos da bola espanhóis, no Barcelona, recentemente condenado pelo mesmo tipo de crime, com pena de prisão suspensa de 21 meses, serviu à FIscalia de Madrid para construir jurisprudência de suporte à acusação a Ronaldo.

A autoridade tributária espanhola sublinha que na fraude apontada ao jogador milionário do Real de Madrid compreende "a apresentação de um sujeito passivo no imposto que é diferente do real, localizado no estrangeiro, favorece a ocultação de informação" fiscal obrigatória.

A diferença do crime apontado ao craque português da que foi confirmada em tribunal ao astro argentino é que Messi foi condenado por ter escondido 4,1 milhões de euros e Ronaldo está acusado de ter feito evaporar 14,7 milhões.

Mas Lionel foi condenado e Cristiano ainda é apenas acusado.