Júlia Ferreira avançou, no final da 12ª sessão extraordinária do plenário do órgão eleitoral, que este trabalho foi realizado pela CNE e a empresa Sinfic, com base nas determinações de 2015, que definiram as metodologias e os procedimentos que deveriam ser seguidos.
Segundo a porta-voz da CNE, os técnicos que trabalharam no mapeamento também tiveram como critério os pontos de referência indicados pelos cidadãos eleitores, aquando da actualização do registo eleitoral e da realização de novos registos, assim como as leis da divisão administrativa do País e das codificações das circunscrições territoriais.
"Este trabalho, realizado entre os dias 5 e 16 deste mês, obedeceu os limites intra-municipais e intra-provinciais impostos pela legislação em vigor", afirmou a responsável, que adiantou que, do leque das assembleias e mesas de voto, algumas serão instaladas em edifícios, como escolas, e outras em tendas.
Salientou ainda que os órgãos internos da CNE foram orientados a iniciar já o trabalho de fixação das sinaléticas para a divulgação dos locais onde irão funcionar as assembleias de voto, tal como prescreve a legislação eleitoral.
O encontro, orientado pelo presidente da CNE, André da Silva Neto, com a participação de comissários provinciais do órgão e técnicos locais, avaliou igualmente o relatório da equipa que recentemente se deslocou a Madrid, Espanha, para fazer a monitorização e o acompanhamento da produção do material de votação.
Segundo Júlia Ferreira, este procedimento decorre dos termos contratuais definidos entre a CNE e a empresa Indra, no sentido de conferir se o material está a ser produzido de acordo com as deliberações e as recomendações feitas no plenário do órgão.
"Nesta primeira fase foi feita a verificação em relação ao material de votação para a formação, que já se encontra no País, e também já foram dadas orientações no sentido de se iniciar a confecção do material que será utilizado no dia do escrutínio", afirmou.
Esta 12ª sessão extraordinária da CNE ocorreu a cerca de dois meses da realização das quartas eleições da história de Angola, que irão eleger o Presidente da República, o vice-presidente da República e os 220 deputados à Assembleia Nacional.
Para o pleito eleitoral de 23 de Agosto de 2017 concorrem seis formações políticas, que no boletim de voto se posicionam na seguinte ordem: UNITA (1), APN (2), PRS (3), MPLA (4), FNLA (5) e CASA-CE (6).