A mídia, mas principalmente a das ondas hertezianas, promoveu debates entre pessoas supostamente entendidas na matéria, materializou programas em que ouvintes entraram em directo e assinou artigos de opinião a propósito do sucedido na capital burkinabe.

Obviamente, quase todos desataram a bater no treinador e nos dirigentes da FAF. A maioria encontrou culpados, julgou-os e condenou-os. Isto, aliás, vem de há muitos anos, é da praxe, faz parte do ADN do nosso pobre futebol, em que a rádio, por direito de conquista histórica, é um elemento associado ao fenómeno desde tempos de antanho. Para o bem e para o mal. Mais para este do que para aquele. Os formatos dos programas pouco mudaram e não poucas vezes visam o linchamento público.

O problema maior é que a generalidade das pessoas que intervém pouco ou nada entende de futebol, incluindo algumas que se dizem "homens do futebol" pelo simples facto de terem jogado a bola.

(A opinião de Silva Candembo pode ser lida na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui http://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)