Menos de duas semanas depois de o Chefe de Estado do Quénia se ter deslocado do distrito de Busia, na zona ocidental do país, para verificar o estado de construção da ponte Sigiri - que deveria ser inaugurada no próximo mês - a obra ruiu, ferindo pelo menos 27 trabalhadores.

As causas da derrocada, ocorrida no início desta semana, estão sob investigação, mas o facto de a obra estar entregue a chineses depressa fez soar velhos alarmes: em 2009, outra ponte de construção chinesa colapsou parcialmente na Zâmbia.

Para além de especulações sobre a qualidade dos materiais de construção e eventual desleixo das normas de segurança, as críticas dirigem-se para o trabalho de fiscalização. Mais ainda porque o incidente surgiu depois da vistoria de uma equipa liderada pelo Presidente da República do Quénia, Uhuru Kenyatta.

Aliás, o projecto resulta de uma promessa do Chefe de Estado, feita em 2014 na sequência da morte de 11 pessoas no naufrágio de uma embarcação no rio Nzoia, sobre o qual foi erguida a empreitada.

Orçada em 10 milhões de dólares, a obra foi adjudicada à empresa China Overseas Engineering Group Co Ltd, subsidiária da China Railway, que, em Angola, já executou, por exemplo, a ligação ferroviária do Lobito ao Luau.