Na abertura da conferência da organização, o director-geral da FAO, José Graziano da Silva, recordou que este ano foi declarada a fome no Sudão do Sul e que mais de 20 milhões de pessoas estão em risco de morrer por falta de alimentação, se se juntarem os casos da Somália, Nigéria e Iémen.

A situação contrasta com o desafio de erradicar a fome com o qual a comunidade internacional se comprometeu em 2015 com a aprovação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adiantou.

José Graziano da Silva sublinhou existirem atualmente 19 países que sofrem crises prolongadas, todos envolvidos na violência, que em muitos casos se alia à seca e a outros efeitos das alterações climáticas.

O responsável afirmou que a fome nas zonas rurais de África, Ásia ou América Latina tem consequências noutras partes do mundo, por exemplo devido à migração, instando os países desenvolvidos a manterem as suas contribuições para a organização para se lutar contra o flagelo.

Mais de mil participantes, incluindo 70 ministros e outros altos responsáveis, encontram-se esta semana na Conferência da FAO, o órgão máximo desta agência da ONU, que celebra a sua 40.ª sessão, durante a qual aprovará o seu plano de atividades e orçamento.