Segundo um comunicado divulgado hoje pelo Instituto Nacional das Indústrias Culturais Criativas (INCC), o vencedor do prémio, que escreveu "A Kandengue do Galungo e o livro que não tinha fim" sob o pseudónimo Minango Ya Nzambi, recorreu a uma "cópia quase integral" da obra "O Livro que não tinha fim" (na foto), de Sandra Aymone, editada no Brasil em 2015 pela Fundação Educar DPaschoal.

A constatação de que a obra vencedora era um plágio descarado, segundo o comunicado do INCC do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, foi possível depois de um alerta enviado aos membros do júri, que são António Fonseca, António Gonçalves e Óscar Guimarães.

A decisão foi, assim, tomada de acordo com o regulamento do Prémio, que determina que as obras a concurso "devem ser originais, inéditas e de criação própria", sendo que neste caso "houve uma violação da referida cláusula.

"O júri conclui que se trata de um plágio grosseiro, falta de honestidade intelectual e tentativa de burla por parte do concorrente", acrescenta ainda o documento.

Face a este desenlace, e à luz do regulamento, a edição de 2020 não terá a atribuição do prémio a um vencedor.

O Prémio Literário Jardim Infantil, edição 2020, tinha como valor pecuniário 500 mil Kz.

Na justificação para a atribuição deste prémio, o júri informou, a 20 de Maio, que se trata de uma obra original com uma linguagem simples e de grande criatividade, aliando mensagens pedagógicas de incentivo à leitura e protecção do meio ambiente.

Segundo noticiou a imprensa na altura, o vencedor, de 24 anos, é licenciado em Linguística pela Escola Superior Pedagógica do Kwanza-Norte.