A história desenrola-se, num tempo recente, num local indeterminado de um qualquer país africano. Do protagonista e narrador, não se conhece o nome. Apenas se sabe que foi presidente de um país africano e que teve morte súbita, atingido por uma "maldita doença que apanhou a todos desprevenidos". É assim o mais recente romance de Pepetela, "Sua Excelência, de Corpo Presente", editado pela Leya/Texto Editores.

Um livro em que, "com a mestria que lhe é própria, Pepetela, nome maior da literatura angolana e de língua portuguesa, volta a surpreender, no estilo, na forma e na substância", de acordo com a nota de imprensa do Camões - Centro Cultural Português em Luanda.

"Com a lâmina acutilante e afiada da sua apurada ironia, recorta, de forma sarcástica e implacável, realidades, não raras vezes, a raiar a caricatura e o ridículo. Com a perspicácia de observador atento e profundo conhecedor da história e do mundo que o rodeia, particularmente do continente africano, que o viu nascer, Pepetela regressa com toda sua força, talento e sensibilidade, próprios do grande criador que é", pode ler-se na mesma nota, que acrescenta: "Pepetela regressa, reafirmando a sua visão comprometida da escrita e o seu profundo humanismo".

Pepetela (Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos) nasceu em Benguela, em 1941. Licenciou-se em Sociologia, em Argel, durante o exílio. Foi guerrilheiro do MPLA, político e governante. Foi Professor da Universidade Agostinho Neto, em Luanda. Tem sido Dirigente de Associações, com destaque para a União dos Escritores Angolanos e Associação Cultural e Recreativa Chá de Caxinde. Recebeu o Prémio Camões 1997, confirmando o lugar de destaque que ocupa na literatura lusófona.