Depois de ter sido o primeiro cidadão da CPLP a receber em Junho de 2010 o Prémio de Arte, Cultura e Letras pela Academia Francesa de Educação, aquele antigo Secretário de Estado da Cultura torna-se igualmente no primeiro angolano reconhecido como cidadão do mundo empenhado em contribuir para o alargamento das liberdades entre os povos do espaço lusófono.

A cerimónia, a ter lugar na Sociedade de Geografia de Lisboa, é uma iniciativa do Movimento Internacional da Lusofonia, que ancora nos seus objectivos nucleares o reforço dos laços de amizade entre países e regiões do espaço lusófono ao nível cultural, social, económico e político.

Durante o acto, será feita a apresentação do programa do V Congresso do Cidadão Lusófono, a ter lugar em Novembro deste ano, estando prevista para o próximo mês o segundo ciclo do Congresso Internacional subordinado ao tema "Filosofia e Literatura: entre Portugal e Macau".

Com a sua acção, os fundadores deste Movimento procuram cumprir o sonho do grande filósofo português Agostinho da Silva, que defendia a criação de um espaço assente numa base de liberdade e de fraternidade.

A plataforma, que vai agora homenagear Ruy Mingas, propõe-se promover uma profunda reflexão sobre alguns direitos e deveres existentes no mundo dos países que integram o espaço lusófono, tendo como prioridade a liberdade de circulação e de residência.

Fundado a 15 de Outubro de 2010, o Movimento Internacional Lusófono conta com mais de 30 mil adesões e ao longo dos seus seis anos de existência já distinguiu, entre outras, personalidades diversas como D. Ximenes Belo, antigo arcebispo de Timor-Leste, Prof. Adriano Moreira e Simões Pereira, ex-secretário executivo da CPLP.