Assim, Angola regressa ao Egipto, onde já esteve em 2006, após a Confederação Africana de Futebol (CAF) ter retirado a organização aos Camarões, devido a atrasos na construção dos estádios e também problemas de segurança.

Angola chega a esta competição com objectivo de apagar a péssima imagem deixada na CAN 2013, na África do Sul, onde os "Palancas Negras" tiveram a prestação menos conseguida, por sinal a pior de todas nesta cimeira, numa altura em que se pensava que Angola tinha garantido algum estatuto entre os grandes do futebol africano, devido à sua estreia inédita no Mundial em 2006, na Alemanha, e ter chegado aos quartos-de-final do CAN do Gana, em 2008, e no que realizou em 2010.

Na próxima segunda-feira, 24, às 18:00, Angola joga diante da Tunísia, num jogo que se antevê difícil para os angolanos face ao estatuto do adversário. Na prova do Egipto, Angola está no Grupo E, com Mauritânia, Mali e Tunísia.

O técnico dos "Palancas Negras" Srdjan Vasiljevic conta com os préstimos de Toni Cabaça, Landu, Ndulo, Dani Massunguna, Bastos, Isaac, Paizo, Edy Afonso, Wilson, Jonathan Buatu, Bruno Gaspar, Herenilson, Show, Macaia, Stélvio Cruz, Djalma Campos, Freddy, Geraldo, Mabululo, Mateus Galiano, Wilson Eduardo, Gelson Dala e Evandro Brandão.

Já as selecções do Madagáscar, Burundi e Mauritânia (este último adversário dos angolanos) são as únicas estreantes no leque de 24 países qualificados para a disputa da 32.ª edição da Taça de África das Nações de futebol (CAN 2019), a decorrer de 21 de Junho a 19 de Julho, no Egipto.

Recentemente, o presidente da Federação Egípcia de Futebol (EFA), Hany Abo Rida, anunciou que as cinco cidades e os oito estádios que vão acolher os jogos estão prontas para o efeito.

Trata-se das cidades sedes do Cairo, com dois estádios, Alexandria (dois), Suez (dois), Port Said e Ismailia, ambos com um recinto desportivo cada.

Importa recordar que o Egipto, para albergar este CAN, venceu na concorrência a África do Sul, em Janeiro último, depois da CAF ter retirado a organização da competição africana aos Camarões, devido a atrasos na construção e reabilitação das infra-estruturas desportivas e hotéis, além da instabilidade militar.

Os egípcios, coroados campeões africanos em sete ocasiões, um dos quais conquistados em Angola em 2010, quando está organizou a prova, numa final diante do Gana no Estádio 11 de Novembro, em Luanda.

A selecção do Egipto conta com o melhor jogador africano, Mohamed Salah, e principal avançado do Liverpool, que é o nome mais sonante de uma selecção que tem ainda à disposição dois jogadores bem conhecidos do futebol europeu, como são o médio Aly Ghazal, do Feirense, e o avançado Hassan, emprestado pelo Sporting de Braga, ambos de Portugal, ao Olympiacos da Grécia.

A primeira edição do CAN foi disputada em 1957, pelas selecções do Egipto, Sudão e Etiópia. Depois desta edição, foi preciso criar um torneio de qualificação, devido ao crescente número de países participantes, e, em 1998, o número de selecções aumentou para 16, mantendo-se assim até ao ano de 2017.