O caso, segundo o atleta, remonta à época futebolística de 2012, quando a direcção da agremiação diamantífera e o atleta celebraram um contrato valido por três épocas no valor de 180 mil dólares.

"A direcção do Sagrada Esperança não cumpriu com as normas estabelecidas no contrato, pois simplesmente recebi 70 mil dólares", disse Mariano em declarações ao NJOnline.

Segundo o jogador, o combinado era que o clube entregasse uma residência no valor remanescente (80 mil dólares), e entregasse os restantes 30 mil em mão.

O ex-lateral direito do Sagrada disse ainda que a situação se complicou para o seu lado quando decidiu rumar ao Benfica de Luanda.

"O contrato foi feito de mútuo acordo, foi devidamente reconhecido e os valores reflectidos na contabilidade da direcção do Sagrada Esperança", refere o jogador, acrescentando que o seu contrato foi assinado na presença de advogados e lhe foi garantida a entrega de uma residência e mais 30 mil dólares.

"Durante o tempo em que fiquei no Sagrada Esperança não deixei de honrar o contrato, quando assinei com o Benfica de Luanda já estava em fase de fim de contrato com o Sagrada".

Queixa às autoridades

Marino fez saber que já apresentou diversas queixas às autoridades, numa tentativa de resgatar a residência e os 30 mil USD, mas "infelizmente nenhuma delas teve êxito".

"Desde que comecei com este processo, já apresentei várias queixas, para que pudesse ver a minha situação resolvida, não sei se isto é uma conspiração porque ninguém me ajuda", lamentou-se, revelando que já entregou o seu caso a dois advogados que acabaram por desistir do processo sem lhe dar qualquer justificação para o abandono do processo.

Mariano garantiu ao NJOnline ter feito tudo para que a situação fosse resolvida de forma pacífica, mas, segundo o jogador, a direcção do Sagrada sempre se mostrou indiferente quanto à solução do caso.

"Fui obrigado a recorrer aos órgãos de informação no sentido de ver o meu caso solucionado", descreveu, sublinhando que a sua intenção desde então foi sempre resolver o caso amigavelmente.

O NJOline tentou contactar Osvaldo Van Dúnem, director geral do clube desportivo Sagrada Esperança da Lunda Norte, mas o presidente da direcção do Sagrada Esperança tem mantido o telefone desligado.