Em declarações à agência Lusa, o presidente da AIA, José Severino, defendeu que, em vez de se focar apenas no preço dos combustíveis, o Executivo deve dar atenção à forma como são geridos.

"Temos que ver como se gastam os combustíveis. E nós somos perdulários", apontou o líder empresarial, sublinhando que o problema em Angola "é uma questão de gestão dos recursos".

A este nível, José Severino lembrou, por exemplo, a necessidade de atribuir os prometidos subsídios ao gasóleo na agricultura e nas pescas, mas também para "algumas indústrias estruturantes" do país.

José Severino avisou ainda que os ajustes de preços recomendados pelo FMI são incomportáveis para a classe que representa.

"Os empresários não conseguem suportar esses aumentos em oito meses. Isso é utópico, com todo o respeito", considerou o presidente da AIA.

Segundo o responsável, a proposta do FMI é um sinal de que é preciso fazer alguma coisa, a exemplo do que aconteceu entre 2015 e 2016, com a retirada das subvenções estatais.