Em entrevista à S&P Global Platts, publicação especializada no sector energético e commodities, Diamantino Azevedo adiantou que o Governo ultima a aprovação de uma estratégia para licenciamento de blocos petrolíferos, tanto no onshore como no offshore.

"Vai incluir blocos no Congo, Kwanza e Namibe", disse o governante, assegurando que as novas licenças começam a ser atribuídas ainda em 2019, num processo extensível até 2025.

A garantia do ministro dos Recursos Minerais e Petróleos foi transmitida no Japão, país para onde se deslocou na semana passada, integrado numa delegação interministerial que também incluiu os ministros das Finanças e dos Transportes.

Aproveitando a presença no país asiático, Diamantino Azevedo apelou a uma maior participação dos investidores japoneses no sector da energia e petróleos de Angola.

O governante lembrou que o País está a apostar em novos projectos para substituir algumas reservas petrolíferas que se encontram em declínio.

"Lançámos o Kaombo 1(Norte) e neste ano vamos lançar o Kaombo 2 (Sul) - que é a segunda fase do projecto", assinalou Diamantino Azevedo.

Refira-se que o projecto Kaombo é encarado no meio petrolífero angolano, admitiu ao Novo Jornal Online uma fonte ligada ao sector, como o marco que pode definir o fim do declínio da indústria petrolífera angolana e o retomar do investimento das multinacionais no offshore nacional.

Dividido em duas unidades - Kaombo Norte e Kaombo Sul -, o projecto, localizado no Bloco 32, a 260 km da costa de Luanda, deverá produzir 230 mil barris de petróleo por dia no pico de produção, sendo que o gás associado será exportado para o Angola LNG.

A Total E&P Angola é a operadora do Bloco 32 com uma participação de 30%, e tem como associadas a Sonangol P&P (30%), Sonangol Sinopec International 32 Limited (20%), Esso Exploração e Produção Angola (Overseas) Limited (15%) e a Galp Energia Overseas Block BV 32 (5%).