Dentre as reservas consta o acordo de conciliação e reconhecimento de saldos e compromisso de compensação de dívidas entre o Estado angolano e a Sonangol. Sobre este quesito, a KPMG diz que não foi possível determinar se os 1,4 mil milhões Kz que a Sonangol tinha de receber do Estado, em 2018, reflectiam adequadamente sobre todas as transacções, direitos e obrigações decorrentes da diversa natureza de transacções mantidas, incluindo as relações fiscais, alertando, igualmente, que o mesmo ocorreu com os mais de 748 milhões Kz que a petrolífera tem de pagar ao Estado.

No âmbito deste processo, com referência a 31 de Dezembro de 2019, o auditor assinala que foram confirmados créditos do Grupo Sonangol sobre o Estado no montante de 3,5 mil milhões Kz, dívidas fiscais da petrolífera estimadas em 2,2 mil milhões Kz e créditos do Estado sobre a firma, relativos a price cap/sistema «preço-máximo» e bónus de concessão no montante de 515,7 milhões Kz, os quais, entretanto, se traduziram num crédito líquido da petrolífera sobre o Estado de 854,7 milhões Kz.