Sebastião Gaspar Martins avança que esta retirada, que pode ser parcial, do banco português, onde detém cerca de 20%, pode ser alterada para a fusão da participação com outras entidades bancárias nacionais.

"Se surgir uma boa oportunidade para desinvestir, avaliaremos e faremos as recomendações que se revelarem mais apropriadas. A Sonangol está a monitorizar uma possível consolidação bancária em Portugal e se surgirem oportunidades, não deixaremos de as analisar", disse.

O PCA da petrolífera nacional avança ainda que a empresa está a vender bens em Lisboa e o hotel e centro de convenções em Luanda, ou ainda a desinvestir nas companhias petrolíferas da Costa do Marfim, de São Tomé e Príncipe e ainda de Cabo Verde.

Mas sublinha que não existem plano para deixar a portuguesa Galp, onde está de forma indirecta através de uma parceria com Isabel dos Santos.

O PCA da Sonangol apontou ainda como certo que 2021 será um ano de aceleração das reformas.

Sobre as privatizações, Martins disse que depois dos efeitos nefastos da pandemia sobre os investidores, será retomado o empenho nas vendas, porque a Covid-19 levou a que os investidores optassem por estratégias mais conservadoras, retirando "gás" à operação de privatizações.

O ano de 2021, espera o gestor, será marcado pela privatização de 39 dos 56 bens qe fazem parte dos planos de vendas, que, até agora, somaram apenas 60 milhões USD.

A Reuters recorda a gigantesca dívida de Angola à China e a outros credores internacionais, bem como os efeitos negativos da Covid sobre a actividade petrolífera, nomeadamente na área da perfuração.

Sobre a produção offshore, nomeadamente nas suas águas profundas, está a declinar rapidamente e deverá afundar para quase zero em 2040, o que está a criar medo nas "majors" quando estas procuram diminuir custos e diversificar para as energias limpas ou alternativas devido às exigências internacionais para combater a poluição.

O aumento da produção, sublinha, "será fundamental para reduzir os custos operacionais", contando ainda o PCA que o valor do barril de crude vai subir em 2021 devido à diluição dos efeitos pandémicos.