De acordo com a mais recente revisão desta classificação, realizada pelo Banco Mundial em Julho, Angola passou de país de renda anual média-alta, equivalente a entre 3.956 a 12.235 dólares de Renda Nacional Bruta "per capita', para o nível média-baixa, que se situa entre 1.006 e 3.955 dólares norte-americanos por habitante.

O relatório do Banco Mundial, consultado hoje pela agência Lusa, refere que além de Angola, outros sete países viram a sua classificação actualizada, casos da Croácia, Geórgia, Jordânia e Nauru (em baixa) e Palau, Samoa e Tonga (em alta).

A organização sustenta que em cada país, factores como a inflação, as taxas de câmbio e mudanças populacionais "influenciam" a Renda Nacional Bruta per capita, levando à reavaliação da classificação.

No caso de Angola, a economia nacional ficou marcada, no último ano, pela alta taxa de inflação, acima dos 40%, e pelas consecutivas desvalorizações do kwanza, face ao dólar norte-americano.

O país vive desde finais de 2014 uma profunda crise financeira e económica, igualmente com efeitos cambiais, decorrente da quebra nas receitas com a exportação de petróleo.

O grupo Banco Mundial é uma agência especializada independente do Sistema das Nações Unidas e principal financiador de projectos nas áreas da saúde, educação, ambiente, agricultura e economia a países em desenvolvimento, precisamente em função dos rendimentos de cada Estado-membro.

Entre os 53 países que se encontram no mesmo grupo de Angola, na classificação do Banco Mundial, estão Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Moçambique e Guiné-Bissau estão no grupo dos países de renda baixa, o último de quatro, com o equivalente de até 1.006 dólares norte-americano por habitante de Renda Nacional Bruta.

O Brasil e a Guiné Equatorial permanecem no grupo onde anteriormente estava Angola, de renda média-alta.

Portugal continua no grupo de maior rendimento, acima dos 12.236 dólares por habitante.