A maioria dos bancos não dá resposta a este sector, revela o Jornal Expansão que escreve ainda que "a falta de um mercado de trabalho dinâmico que garanta a expectativa de reembolso é apontada pela banca como uma das principais condicionantes à implementação de um pacote de serviços financeiro destinado exclusivamente a estudantes universitários" e que "os alunos se queixam de falta de alternativa".

"São muitos os estudantes que não terminaram os estudos porque não conseguiram crédito de uma instituição bancária. Sendo parceiros do Estado, deveriam ter um pacote de serviços financeiros destinados exclusivamente aos estudantes universitários, mas, infelizmente, é ainda uma expectativa longe de ser concretizada", lamentou o presidente da Associação das Universidades Privadas de Angola (AEUPA), Jofre dos Santos, ao Expansão, sublinhando "que as respostas dos bancos não são satisfatórias".

Já para o professor universitário Domingos Manaça, consultado pelo semanário, apesar de muitos estudantes não terem um emprego seguro que garanta o reembolso do crédito, a banca ou outras instituições só teriam a ganhar se executassem um projecto em que o reembolso fosse assegurado pela mão-de-obra dos estudantes. O professor do Instituto Superior de Ciências de Educação de Luanda diz ainda que muitos estudantes do grau de mestrado não conseguiram terminar a formação por razões financeiras.

Do lado da banca, uma fonte do BIC, garantiu ao Expansão que as instituições financeiras não fazem crédito estudantil porque o nível de expectativa de reembolso é muito baixa.

Já o secretário-geral do Ensino Superior, Ndilu Nkula, diz que houve razões, tais como o crédito malparado, que impediram que o crédito estudantil fosse uma realidade.

Um estudo sobre o custo e financiamento do Ensino Superior, apenas 22% dos alunos dizem que contraíram um empréstimo para financiar os estudos, a maior parte dos quais foi pedida em 2015.