No discurso oficial do lançamento do FGD, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, referiu que esta medida vai aumentar a confiança dos bancos comerciais que operam no país, devido à possibilidade de haver reembolso, em caso de falência de um banco.

"Um fundo de garantia de depósitos, no caso da falência de um banco, protege os seus depositantes mais vulneráveis e aqueles que são menos capazes de se proteger por meio da diversificação ou de outras medidas mais sofisticadas de gestão de risco. Também, limita a extensão em que as preocupações sobre a segurança e a solidez de um banco se espalham para outros, por contágio, porque a segurança da garantia dos depósitos até um certo montante, reduz a probabilidade de uma "corrida bancária", evitando efeitos adversos sobre estabilidade financeira", disse Massano.

Criado através do decreto presidencial nº 195/18, o valor inicial para a constituição do FGD, com a previsão de aumentar nos próximos anos, foi constituído com uma participação de 0,23 por cento dos depósitos ilegíveis de todos bancos comerciais.

O Fundo de Garantia de Depósitos de Angola, explicou o governador do BNA, "tem como atribuição principal a garantia do reembolso dos depósitos, independentemente da modalidade, titulados por pessoas singulares e colectivas, residentes e não residentes, expressos em moeda nacional ou estrangeira, constituídos junto dos bancos comerciais autorizados a captar depósitos no país, até ao limite individual de Kz 12,5 milhões de Kwanzas, cobrindo, desse modo, cerca de 85% dos depositantes na banca nacional".

José de Lima Massano disse ainda que este fundo permite, em caso da falência de um banco, proteger"os seus depositantes mais vulneráveis e aqueles que são menos capazes de se proteger por meio da diversificação ou de outras medidas mais sofisticadas de gestão de risco", acrescentando que o FGD "limita a extensão em que as preocupações sobre a segurança e a solidez de um banco se espalham para outros, por contágio, porque a segurança da garantia dos depósitos até um certo montante, reduz a probabilidade de uma "corrida bancária", evitando efeitos adversos sobre estabilidade financeira".

Este fundo vai ainda, segundo Massano, ajudar a suportar a diversificação do sector financeiro, "porque sem essa garantia os depositantes podem considerar que apenas os grandes bancos têm segurança implícita de depósito, resultado do seu estatuto de "muito grande para cair", e assim, decidirem concentrar nestes bancos as suas poupanças, com possível impacto negativo sobre competitividade da banca e sobre os níveis de inclusão financeira".