Depois de 01 de Outubro, o BNA não voltará a fazer vendas directas de divisas, o que significa que as "solicitações de compra de moeda estrangeira devem voltar a ser unicamente apresentadas a instituições financeiras autorizadas a exercer o comércio de câmbios".

Num comunicado publicado no seu site oficial, o BNA justifica esta medida com a constatação de que o período em que vigorou o método actual de venda de moeda estrangeira em mercado primário com taxa de câmbio controlada e com indicação sobre o destino das verbas disponibilizadas permitiu perceber que estão "criadas as condições para devolver aos bancos comerciais autonomia na alocação de moeda estrangeira aos seus clientes".

O BNA lembra que "no âmbito da normalização do funcionamento do mercado cambial, retomou, recentemente, a venda de moeda estrangeira nos leilões de divisas sem indicação específica das operações ou importadores para os quais os fundos devem ser vendidos pelos bancos comerciais".

Esse "sistema ajustado de vendas directas" conduziu o BNA ao entendimento da "metodologia necessária para a protecção das reservas internacionais e emitir regulamentação e orientações aos bancos comerciais adaptadas a esse objectivo", ao mesmo tempo que foi resolvido o problema das "percepções negativas" dos clientes sobre quais os critérios de selecção dos beneficiários aplicados pelos bancos comerciais.

"Após este período de maior intervenção, estando o mercado cambial melhor regulamentado e havendo maior regularidade na oferta de moeda estrageira, o BNA entende estarem criadas as condições para devolver aos bancos comerciais autonomia na alocação de moeda estrangeira aos seus clientes", acrescenta o BNA no mesmo documento.

O BNA garante ainda empenhar-se junto das instituições financeiras para garantir uma transição bem-sucedida, o que é a sua responsabilidade de supervisor e emquanto autoridade cambial por forma a garantir a ausência de impactos negativos na economia nacional.

"O BNA continuará ainda a transmitir ao mercado as orientações que se mostrem necessárias e a proceder aos acertos que o contexto macroeconómico recomendar para garantir o normal funcionamento do mercado cambial", conclui o comunicado divulgado através do site oficial da instituição.