A Boeing anunciou a retoma da produção do polémico modelo 737 Max depois de corrigidos os problemas que levaram à suspensão da sua produção, em Dezembro de 2019, embora todos os aparelhos em actividade, no mundo, tenham começado a ser colocados em terra a partir de 2018 e, depois, em Março de 2019, totalmente, quando o segundo avião, da Ethiopian Airlines, caiu próximo de Adis Abeba, após levantar do aeroporto da capital etíope.

Numa primeira fase, este modelo vai voltar à linha de produção, segundo o construtor norte-americano, de forma paulatina e à medida que são implementadas as medidas de segurança no trabalho e na garantia de qualidade.

Depois do segundo acidente, rapidamente começaram a surgir depoimentos de pilotos a alertar para falhas graves de concepção deste modelo e as investigações à queda destes dois aparelhos determinaram que se tratou de consequências dessas mesmas falhas, desde logo no software de controlo de voo.

Tal como outras companhias, também a TAAG, que tinha este modelo no seu mapa de aquisições, como explicou Rui Carreira, presidente da Comissão Executiva da companhia de bandeira angolana, em Agosto de 2019, abandonou a ideia e reiniciou o processo com os olhos postos nas alternativas, como a Airbus ou a Bombardier, que não viriam a ter lugar devido à crise económica, tanto na empresa como no país.

O fabricante tem estado a fazer intervenções publicas diversas nos últimos dias de forma a garantir que todos os problemas foram ultrapassados, como o fez Walt Odisho, o vice-presidente do programa de construção do 737 Max, que sublinhou o esforço feito pela Boeing para garantir que todas as questões abertas após os acidentes foram devidamente corrigidas.

Apesar de tudo pronto, a crise gerada no sector da aviação civil pela pandemia da Covid-19, que obrigou as companhias a pousar as suas frotas, deverá voltar agora a atrasar o voo a este modelo da Boeing.