A decisão consta de um comunicado de imprensa do Ministério das Finanças que avança que os accionistas do banco procederam a uma alteração à estrutura de governação corporativa do BPC, passando o seu Conselho de Administração (CA) a ser constituído por cinco administradores executivos, incluindo o PCA, ao contrário do que acontecia até à data, em que o CA era composto por dez membros.

Este é o quarto Conselho de Administração que passa pelo maior banco estatal do país. A primeira aconteceu em 2016, com a substituição de Zinho Baptista e Cristina Florência Dias Van-Dúnem, nos cargos de PCA e PCE, respectivamente, por Ricardo de Abreu, que passou a exercer as duas funções, tendo-se seguido a nomeação de Alcides Safeca ao cargo de PCA do banco, depois de Abreu ter sido nomeado secretário para os Assuntos Económicos do Presidente da República.

O BPC é um banco comercial de capitais públicos detido em que 75 por cento pelo Tesouro, em 15 pelo Instituto da Segurança Social (INSS) e em 10 pela Caixa da Segurança Social das Forças Armadas.

André Lopes, que até quarta-feira exercia a função de PCE do Banco Yetu, vai encontrar um banco que fechou no vermelho os três últimos exercícios económicos (2016, 2017 e 2018). No ano passado, a instituição financeira encerrou 74 agências bancárias em todo o país e acabou com 550 postos de trabalho,num processo de reestruturação que incluiu despedimentos por "justa causa" e passagem de funcionários à reforma.