A informação foi avançada pelo director-geral adjunto do INSS, Pedro Filipe, que, sem referir o prazo de concretização desta medida ou que bancos é que vão passar a fazer a gestão das contas dos reformados, confirmou apenas que a instituição recebeu orientações do Governo nesse sentido.

"Começámos o processo de bancarização numa altura em que o BPC era o único banco implantado a nível nacional e havia necessidade dos pensionistas, de Cabinda ao Cunene, terem acesso ao mesmo", disse Pedro Filipe, em declarações à Rádio Nacional.

Esta nova orientação do Governo, segundo o director-geral adjunto do INSS, surge numa altura em que a rede bancária privada se alargou a todo o País.

Dados disponíveis indicam que o Instituto Nacional de Segurança Social tem registados mais de 160 mil pensionistas, sendo que cerca de 22 por cento desses pensionistas recebem pensão de sobrevivência.

De recordar que o BPC está há mais de dois anos envolvido num pesado esquema de revitalização imposto pela crise do crédito mal parado - cobrança considerada inviável -, que, segundo o banco ultrapassava os mil milhões de dólares, obrigando o Estado a criar outra empresa pública, a Recredit, onde injectou mais de 2 mil milhões USD, para adquirir estas dívidas por forma a permitir relançar o negócio dos bancos comerciais atolados em problemas gerados pela concessão de empréstimos sem salvaguardas.

O maior banco nacional, que fechou 2017 com um resultado líquido negativo de quase 400 milhões de euros, devido ao crédito malparado de anos anteriores, iniciou em Maio um processo de emagrecimento imposto pelo plano de recuperação da instituição bancária pública, tendo fechado várias agências.