Segundo Ricardo Viegas d"Abreu, que falava hoje em Luanda, à margem de uma conferência da consultora internacional Deloitte para apresentação de dados sobre o sector bancário angolano, o BPC está a ultimar o processo de venda de parte do crédito malparado da instituição à sociedade Recredit, uma espécie de banco mau criado pelo Governo num esforço de sanear a banca nacional.

"Praticamente está a ser finalizado [a venda de parte do crédito malparado]. É nosso objectivo que até ao final deste ano nós tenhamos já isso tratado com a Recredit, entrando em 2018 já com um outro tipo de balanço e uma outra estrutura, do ponto de vista da solidez e robustez do banco", adiantou o PCA do BPC.

Citado pela agência Lusa, o responsável explicou que esse processo de saneamento vai permitir, ainda este ano, "relançar a actividade do ponto de vista creditício".

Recorde-se que em Julho deste ano, o administrador esclareceu, em declarações à Lusa, que o BPC tem 500 mil milhões de kwanzas (cerca de 3.000 milhões de dólares) na carteira de crédito malparado e que já foi emitida dívida pública no valor de 231 mil milhões de kwanzas (1.400 milhões de dólares) a favor da Recredit.