Um grupo de clientes do condomínio Lírius, ligado à BPC-Imobiliária, acusa a instituição afecta ao Banco de Poupança e Crédito (BPC) de querer alterar unilateralmente os valores dos contratos de aquisição dos 32 imóveis daquele projecto localizado no Benfica, denunciaram os lesados ao Novo Jornal.

Segundo as propostas de alteração do valor de aquisição de imóveis apresentadas aos clientes por escrito pela BPC-Imobiliária, a decisão é tomada devido às limitações de recursos financeiros disponíveis para a conclusão das obras do condomínio Lírius, face a uma constante depreciação do Kwanza, "bem como a constrangimentos na aquisição de divisas para a importação de materiais de construção", explicam os lesados.

Os prejudicados denunciam, igualmente, que outro argumento apresentado pela imobiliária detida pelo BPC é de haver casos de clientes "que não cumprem com os pagamentos acordados inicialmente", por isso, unilateralmente, a BPC- Imobiliária apresenta a revisão do preço convencionado.

Preços das casas sobem para mais de 25% do acordado

As fontes ouvidas pelo Novo Jornal, que pediram anonimato, confidenciaram, por exemplo, que, dentre as pretensões de alteração de valor de imóveis, consta que os apartamentos que estavam a ser comercializados, à partida, 69,5 milhões de kwanzas passam para mais de 89 milhões, um acréscimo contestado de mais de 19 milhões Kz, ou seja, mais de 28% acima do acordado.

A proposta, contestada energeticamente pelos promitentes-compradores das casas do condomínio Lírius, está associada à posição manifestada por escrito pelo conselho de administração da BPC-Imobiliária, segundo a qual caso os clientes não estiverem de acordo com a proposta de alteração do valor acertado inicialmente, propõe-se a rescisão amigável do vínculo contratual mediante o reembolso da quantia monetária paga até ao momento.

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