Estes dois campos foram adquiridos, em 75 por cento, pela Sonangol em 2009, tendo custado 300 milhões de dólares e estiveram em actividade até ao início de 2013, ano em que a guerra civil em que aquele país do Médio Oriente esteve mergulhado, e a ocupação a que foi sujeito o território pelos islamistas radicais do daesh, obrigaram ao seu encerramento abrupto.

Até 2017, a Sonangol não conseguiu gerir os campos, estando estes em acelerada degradação, havendo relatos não confirmados de que estariam a ser artesanalmente explorados pelo estado islâmico.

Mas, nesse ano, com o recuso dos islamitas, as autoridades iraquianas, a precisar urgentemente de aumentar a sua produção de crude e os rendimentos inerentes, iniciou um processo de pressão para que a Sonangol retomasse a exploração através dos investimentos urgentes necessários.

Isso aconteceu e, já em 2018, Qayyarah (na foto, ainda em chamas) e Najmah começaram a jorrar os primeiros barris após a libertação do território das garras do daesh, mas estando a Sonangol longe de recuperar os mais de 300 milhões USD ali investidos.

Para já, os 40 mil barris por dia a que a Sonangol se refere estão a sair do campo de Qayyarah, mas, segundo a petrolífera anunciou, o potencial dos dois campos chega aos 230 mil barris por dia, o que permitira acelerar substancialmente o processo de recuperação dos milhões ali investidos.

Mil milhões de barris a aguardar

As reservas estimadas para estes campos ronda os mil milhões de barris.

De acordo com as informações reveladas na altura do negócio, referente ao campo de Qayyarah, que foi concluído na forma de joint venture, ficando a Sonangol com 75% e os iraquanos da North Oil Company com os restantes 25%.

Neste acordo, a petrolífera angolana ter-se-á comprometido com um investimento de 2 mil milhões USD sob a condição de obter 5 USD sobre cada barril extraído, sendo o limite mínio para produção de 120 mil barris por dia.

Quanto a ao campo de Najmah, situado na mesma circunscrição de Nineveh, foi negociado em 2010 com a estatal iraquiana North Oil Company com a mesma distribuição (75% - 25%) a 6 USD por barril, com uma projecção de 110 mil barris por dia, que, devido aos conflitos, foi o alvo reduzido para 55 mil.

Recorde-se que, como o NJonline noticiou então, o regresso a Qayyarah e Najmah já estava a ser avaliado em 2016, quando a empresa era dirigida por Isabel dos Santos, depois de um processo de reaproximação ao Governo de Bagdad.

Isto, porque, antes de sair destes campos, a Sonangol pediu para que fosse dispensada, devido ao conflito e ao perigoso crescente, do cumprimento das suas obrigações contratuais, autorização necessário ao abriga da lei internacional para encerrar e sair de Qayyarah e Najmah.

Uma das dificuldades do regresso à actividade foi a extinção de fogos nos poços destes dois campos porque uma das estratégias dos grupos radicais nestas áreas do globo e incendiar as instalações petrolíferas para atrapalhar a acção das forças governamentais.