As condições impostas, que incluem ainda, segundo o banco, a criação de melhores condições de vida para a população angolana, foram agora divulgadas através do site do Deutsche BanK, onde é igualmente avançado que o acordo assinado a 08 de Maio entre o banco alemão e o Governo de Luanda, determina que é a sucursal espanhola da instituição bancária europeia a ter a última palavra sobre quais e como os projectos vão ser apoiados por esta linha de crédito.

Os mil milhões de euros vão ser geridos por cinco dos maiores bancos angolanos que, como foi avançado pelo banco alemão, terão a sua acção limitada pela última palavra que cabe ao departamento de Financiamento Estruturado às Exportações e Comércio do Deutsche Bank Espanha.

Recorde-se que o acordo que esteve na génese da abertura desta linha de crédito pressupõe o apoio ao sector privado como motor do desenvolvimento económico e social de Angola, com a criação de mais e melhor emprego e a libertação do sufoco a que o país está sujeito devido à fragilidade da sua balança de pagamentos, que é o resultado obtido das exportações e das importações.

Segundo o director do departamento de Financiamento Estruturado às Exportações e Comércio do Deutsche Bank Espanha, Inácio Ramiro, este montante vai servir para apoiar projectos agrícolas e agro-industriais , no sector das pescas e na indústria, sectores definidos pelo Governo angolano como prioritários no esforço de diversificação da economia e das libertação desta da petro-dependência.

As condições agora impostas pelo Deutsche Bank foram, na altura da assinatura do acordo, a 08 de Maio último, em Luanda, estiveram a ser definidas durante várias horas e o ministro das Finanças, na altura, admitiu que o acordo esteve quase a não ser assinado por divergências entre as partes.

Presumivelmente, o Governo de Luanda quereria dar outro destino a estas verbas mas o Deutsche Bank não aceitou essa possibilidade, tendo feito questão de manter como objectivo da linha de crédito apoiar projectos agrícolas e agro-industriais, do sector das pescas e da indústria, enquanto plataformas para melhor a vida dos angolanos, criado emprego e aligeirando o peso da balança de pagamentos, permitindo ao Executivo investir mais nas áreas sociais.