"Cerca de 25% daquilo que se conhece como dívida atrasada foi regularizado este ano. Pensamos que se seguirmos a este ritmo de regularização teremos a situação resolvida até 2021", disse Carlos Vasconcelos, falando no final da reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros, realizada esta manhã, 20, em Luanda.

Segundo o coordenador do Grupo Técnico de Apoio ao Credor do Estado do Ministério das Finanças, "até ao presente mês foram regularizados cerca de 340 mil milhões de Kz de dívida atrasada", através de vários instrumentos, nomeadamente títulos do tesouro, dinheiro, compensação de dívidas tributárias e não tributárias.

Apesar de considerar que os dados são "animadores", o responsável sublinha que ainda há "um caminho longo a percorrer, no sentido de diminuir ainda mais essa acumulação dos atrasados".

"Temos metas concretas para cumprir, que foram negociadas com o FMI. Essas metas têm sido cumpridas e para este ano ficámos até muito acima daquilo que foi definido, mas compreendemos as dificuldades por que ainda passam as empresas", explicou Carlos Vasconcelos, apontando a "forte depreciação cambial" e a "redução significativa do crescimento económico" como "factores críticos importantes neste processo".

O coordenador garantiu, contudo, que o Ministério das Finanças tem procurado "encontrar soluções mais equilibradas para que a situação seja resolvida".

Recorde-se que os valores em causa referem-se a dívida contraída entre 2013 e 2017.