O concurso acontece depois da concretização, em Setembro, de apresentações técnicas destes blocos nas cidades de Luanda, Dubai, Houston (USA) e Londres (Inglaterra).
As propostas poderão ser apresentadas até ao dia 12 de Novembro. A qualificação das empresas e a avaliação das propostas terminará no dia 28 de Dezembro.
A adjudicação das concessões vai acontecer no dia 17 de Janeiro de 2020 e a negociação dos contratos será feita até ao dia 27 de Março. Por fim, no dia 30 de Abril, serão assinados os acordos definitivos.

Este concurso faz parte da estratégia do Governo para este sector até 2025 e integra o Plano de Desenvolvimento Nacional 2019-2022, com Angola a colocar assim um ponto final num longo período de ausência de quaisquer licitações de blocos petrolíferos - o último teve lugar em 2011, bem como da estratégia definida pelo Executivo de João Lourenço de aumentar a produção nacional e inverter o ciclo de perdas na produção que, segundo alguns organismos internacionais, como a Agência Internacional de Energia (AIE), vai conduzir a uma forte quebra até 2023, ano em que a produção deverá cair de mais de 1,4 milhões de barris por dia para uns escassos 1,29 milhões.

Entre as medidas, para além dos novos blocos, o país tem nova legislação que facilita a exploração através da diminuição das taxas exigidas em algumas áreas, como, por exemplo, os campos marginais - com menos de 300 mil barris - onde as empresas viram os impostos diminuírem 50%, a criação da ANPG (concessionária), a profunda transformação da Sonangol, e a simplificação dos processos de contratação de serviços e aquisição de bens no sector petrolífero. Ponto importante é ainda o aumentando os limites para aprovação de contractos.

Natacha Massano, administradora executiva da ANPG, considera que a apresentação internacional da licitação destas duas bacias petrolíferas correu de forma positiva e dentro do que eram as expectativas iniciais da concessionária.

"Tivemos em cada uma das apresentações gestores das mais representativas operadoras petrolíferas internacionais, que nos colocaram várias questões e que manifestaram interesse nos dados apresentados. Consequentemente, concluímos que a licitação tem tudo para correr bem", declarou, citada pela ANPG em comunicado.