O resultado do inquérito do Banco Nacional de Angola (BNA) sobre o impacto da Covid-19 em 673 Pequenas e Médias Empresas (PME"s) que operam em Angola atesta que, em Julho último, a situação das firmas continuava preocupante do ponto de vista da estabilidade financeira, visto que 79% das instituições revelaram estar a enfrentar problemas financeiros de vária ordem, entre os quais 25,7% admitiram falta de liquidez, assinala a pesquisa publicada esta semana.

Entre as 673 pequenas e médias instituições analisadas, cento e cinco revelaram estar sem clientes, correspondente a 15,6%, um total de 77 empresas admitiu que não conseguiram pagar os salários dos seus funcionários, enquanto 55 revelaram que não conseguem pagar fornecedores de matéria-prima, indicam dados do estudo analisado pelo Novo Jornal.

"Relativamente aos apoios recebidos pelas empresas, no âmbito das medidas de alívio tomadas pelo Executivo e pela banca, para mitigar os efeitos negativos da pandemia, o quadro continua a ser o mesmo, ou seja, mais de 80% das empresas consideram não ter recebido ainda nenhum apoio. A minoria dessas empresas já beneficiou de algum apoio, nomeadamente adiamento do pagamento das obrigações fiscais e contributivas [44 firmas], moratória no pagamento de crédito [17 empresas] e acesso a novas linhas de financiamento [16 pequenas e médias empresas] ", assegura o inquérito.

Do ponto de vista da recuperação do negócio como antes da situação da pandemia, 47,3% das empresas, ou melhor, 318 instituições, consideram ser necessário um período relativamente curto "até um ano" para a restauração da sua actividade, na sequência da Covid-19, ao passo que 102 das empresas indicaram ser necessário um período mais extensivo, mais de um ano.

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