O regresso da operação da petrolífera nacional no Iraque é referido no seu relatório e contas de 2016, apresentado este mês.

"A administração da Sonangol encontra-se, actualmente, a trabalhar no programa de reactivação e revitalização desses campos de petróleo", indica o documento, citado pela agência Lusa.

De acordo com a companhia estatal liderada por Isabel dos Santos, o retorno aos trabalhos em Mossul "ocorreu em meados de 2016, com a retoma do controlo efectivo desses activos, após o arrefecimento do conflito e reforço dos contactos intergovernamentais".

Com este desenvolvimento, viabilizado pela saída do Estado Islâmico de Mossul, "a administração da Sonangol considera a viabilidade financeira projectada sobre esta operação" permitirá recuperar os investimentos efectuados, estimados em quase 300 milhões de dólares.

Recorde-se que os campos Qayyarah e Najmah, que a petrolífera nacional detém desde 2009 a sul da cidade iraquiana de Mossul, estiveram nas mãos do grupo extremista, que durante cerca de dois anos controlou esse território.

Nesse contexto de insegurança, a Sonangol acordou, em 2015, com o Governo do Iraque, "a dispensa no cumprimento das obrigações contratuais" previstas anteriormente "e, consequentemente, o encerramento dos campos de petróleo".

Já este ano, a Lusa noticiou que o ministro do Petróleo iraquiano, Jabbar al-Luaibi, pediu à petrolífera angolana para retomar a operação naqueles campos petrolíferos.

Na ocasião, durante uma reunião com o administrador-executivo da Sonangol Edson dos Santos, o ministro Jabbar al-Luaibi pediu à Sonangol para "retomar o desenvolvimento" nos campos de Qayyarah e Najmah.

Segundo a informação então divulgada pelo Governo iraquiano, a actividade em dois poços podia ser retomada no final de Fevereiro, enquanto nove outros poços, dos dois campos, estavam então ainda em chamas, depois de terem sido incendiados por elementos do Estado Islâmico, durante o abandono.