A The Economist, apesar de considerar Isabel dos Santos como uma "boa aposta", não deixa de fazer o exercício recorrente de lembrar o seu "império empresarial", que abrange áreas como a banca, as telecomunicações e os diamantes, que o seu pai dirige o país desde 1979 e as dúvidas que criou com a sua sucessão anunciada mas ainda por confirmar.

E pouco mais aponta para justificar a opção pela presidente do CA da Sonangol para personalidade Médio Oriente e África 2016 que, por exemplo, surge entre as escolhas que a revista económica fez igualmente para a Europa, apontando o líder do centro-direita Kyriakos Mitsotakis, da Ásia, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, ou Bill Morneau, ministro das Finanças do Canadá e professor de Política Económica para a secção América do Norte.

Já no curto "perfil" económico que traça de Angola, a The Economist resume tudo a isto: Crescimento do PIB 3,0%; PIB per capita 3354 euros (PPC: 6939 euros); Inflação 16,6%; Saldo orçamental (% PIB) -3,9; População 26,7 milhões.

E lembra, como faz notar o DN na abordagem que faz ao resumo do ano da revista editada em Londres, o "suspense" que existe sobre o sucessor de José Eduardo dos Santos e o futuro do próprio, admitindo que este pode encontrar forma de sair mantendo o poder nas suas mãos de forma indirecta.

Sublinha também que a crise pode gerar protestos populares, o que pode ser um factor importante para a dificuldade de criar um bom ambiente de negócios. Todavia, sem que isso belisque muito a solidez do regime.