Este investimento do FSDEA vai ser aplicado num projecto de extracção de terras raras que é gerido pela australiana Pensana Rare Earths, o Projecto Longonjo, em mais uma apicação que tem permitido ao Fundo um aumento progressivo da sua participação, que era inicialmente de 4,8%.

Com estes 8,6 milhões USD, o FSDEA aumenta a sua quota neste projecto para 23,1% quando até aqui detinha 17,7%, avança o site Nasdaq, citando um comunicado da Pensana.

As terras raras são usualmente compostas por 17 elementos químicos, como o lantânio ou o lutécio, a monazite, a bastnasite, o xenótimo e a loparite, bem como um determinado grupo de argilas e que se distinguem dos demais pela sua especial aptidão para a criação de ligas com propriedades magnéticas ou de grande condutibilidade, sendo de uso frequente na metalurgia ou na indústria electrónica, entre outras.

Com sede em Perth, Austrália, a Pensana Rare Earths tem como objectivo, segundo informava em Março último, criar com este projecto em Angola um dos grades fornecedores de metais co estas características em todo o mundo, tendo em vista a transição energética global, especialmente na produção de veículos eléctricos e turbinas para produção de energia eólica.

Em 2019, foi conhecido o resultado de um estudo de viabilidade para o Projecto Longonjo, para os próximos 20 anos, onde se soube existirem pelo menos 23 mil milhões de toneladas de terras exploráveis, tendo sido conduzido pelos australianos em colaboração com a então Ferrangol.

O principal mercado para estes minérios é a China, mas tanto os Estados Unidos como a Índia são igualmente mercados de grande procura por estes elementos químicos, espexcialmente os mais procurados, que são o lantânio, o cério e o neodímio