"A liquidação destes atrasados, após a devida verificação e validação, é uma prioridade para a política económica, não só pelo facto de o respectivo recebimento ser um direito das empresas credoras, mas também por representar um factor positivo e dinamizador da actividade económica", lê-se nesse documento, citado pela agência Lusa.

De acordo com o PEM, que prevê a implementação, até ao final deste ano, de 109 medidas de políticas fiscal, cambial e monetária, o país tem já um "stock superior" a um bilião de kwanzas no âmbito do Programa de Regularização dos Atrasados do período 2014 a 2016.

Com a regularização dos pagamentos, o Governo acredita que conseguirá redistribuir a liquidez pela economia, reduzindo os níveis de crédito malparado no sistema bancário.

O documento assinala ainda que as empresas que compõem o Sector Empresarial Público (SEP) têm um saldo significativo de atrasados com fornecedores, para além de que várias Unidades Orçamentais também têm "atrasados significativos" com as empresas SEP. Com destaque para o grupo Sonangol, para a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade e para a TAAG - Linhas Aéreas de Angola, situação "com impacto na sustentabilidade destas empresas".

"Na maior parte dos casos, estes fluxos não se encontram devidamente conciliados e registados, o que eleva significativamente o passivo contingente do Estado e a necessidade de consolidação fiscal", adverte o PEM.