São mais de 2 mil milhões de barris aquilo que a ENI estima estarem depositados nas novas descobertas efectuadas nos estudos em curso desde meados de 2018, que vão começar a ser extraídos já em Dezembro desde ano, informou o gigante italiano dos hidrocarbonetos em comunicado.

O campo em questão, denominado Agogo, que está localizado próximo da plataforma FPSO N"Goma, cerca de 15 quilómetros, permite, segundo a ENI "a maximização de energias com as instalações existentes" o que culminará com o início da produção em tempo recorde.

A ENI, empresa presente em Angola desde o início da década de 1980, em actualmente uma produção diária de 145 mil barris por dia, cifra que deverá aumentar substancialmente com a chegada ao mercado do petróleo oriundo dos novos furos do campo 15/06.

Esta boa notícia para o sector dos petróleos angolano surge numa altura em que os gráficos mostram um declínio da produção nacional que emerge de um conjunto de factores adversos, como sejam a desmobilização das petrolíferas após a crise de 2014, o envelhecimento dos poços e o desinvestimento na pesquisa nos últimos anos - tudo problemas sentidos na generalidade dos países produtores de crude.

Ainda no que diz respeito à área petrolífera, Claudio Descalzi e João Lourenço conversaram igualmente sobre a intervenção que a ENI vai, em conjunto com a Sonangol, realizar na refinaria de Luanda de forma a aumentar a sua eficiência e a diminuir a necessidade de importação de combustíveis, ou ainda a construção de uma central fotovoltaica no sul do país que vai substituir a geração de electricidade através da queima de gasóleo.

Mas a novidade mais saliente é o projecto no valor de 10 milhões USD, denominado "Programa de Desenvolvimento Local", que, segundo a empresa italiana, visa "fornecer um acesso eficiente e sustentável a recursos energéticos às comunidades locais, combatendo ao mesmo tempo as alterações climáticas".

Este projecto tem como objectivo maior proporcionar às comunidades, começando por Cabinda, onde a ENI desenvolve a maior parte da sua actividade extractiva, um desenvolvimento sustentável e, como sublinha igualmente, "compensar as emissões de CO2 geradas pelos projectos da empresa".

Um dos pontos principais deste programa é fornecer às comunidades energia gerada por painéis solares que permite às famílias cozinhar os seus alimentos, melhorar a produção agrícola, e, entre outros, o acesso à água e ao saneamento básico seguro, bem como a serviços públicos de saúde e de educação.