Os valores publicados esta quinta-feira, com base em dados de fontes secundárias, registam uma quebra da produção angolana, depois de uma ligeira revisão em alta dos valores de Maio, que passaram de 1,471 para 1,474 milhões de barris por dia.

Angola manteve assim a posição de segundo maior produtor africano de crude, atrás da Nigéria.

A Nigéria, líder africana na produção petrolífera, viu a sua produção diária aumentar em 129.000 barris de crude, alcançando os 1,855 milhões de barris por dia em Junho, depois de uma revisão em baixa dos valores de Maio, que passaram de 1,733 para 1,726 milhões de barris por dia.

A Nigéria reaproximou-se assim aos valores de Abril, mês em que a produção petrolífera diária chegou aos 1,825 milhões de barris.

Durante praticamente todo o ano de 2016 e até Maio de 2017, Angola liderou a produção de petróleo em África, posição que perdeu desde então para a Nigéria.

A produção na Nigéria foi condicionada entre 2015 e 2016 por ataques terroristas, grupos armados e instabilidade política interna.

O acordo entre os países produtores de petróleo para reduzir a produção e fazer aumentar o preço do barril obrigou Angola a cortar 78.000 barris de crude por dia com efeitos desde 01 de Janeiro de 2017, para um limite de 1,673 milhões de barris diários.

O último relatório da OPEP refere também que, em termos de "comunicações directas" à organização, Angola terá produzido 1,418 milhões de barris de petróleo por dia em Junho, menos 44.000 barris por dia que em Maio.

Os números obtidos através de "comunicações directas" corroboram assim a quebra nos números obtidos pela OPEP junto de fontes secundárias, um dado constatado pelos dois valores.

Já os dados de fontes oficiais nigerianas apontam um aumento de 307.000 barris por dia, um valor que eleva a produção diária para um total de 1,956 milhões de barris.

A OPEP acertou, em Dezembro, em conjunto com outros produtores que não integram a organização, o corte na produção de petróleo.

OPEP e os dez aliados, que representam metade da produção mundial de petróleo, decidiram em dezembro cortar a produção em 1,2 milhões de barris por dia e a estratégia funcionou, já que o preço do barril subiu cerca de 30% no primeiro trimestre, antes de estabilizar.

No início do mês, estes aliados aderiram ao prolongamento do corte da produção até Março de 2020.