Estes dados consubstanciam ainda a soma de três semestres ininterruptos com a economia nacional em recessão, faltando conhecer os dados referentes ao 4º e último trimestre de 2018, embora desde Janeiro do ano passado as quedas tenham vindo a evoluir de forma incoerente, de 4,6% no primeiro, 7,5% no segundo, 1,6% no 3º trimestre...

Como pano der fundo para esta evolução da economia angolana em 2018, o INE aponta para o comportamento das exportações de petróleo, essencialmente, mas também do sector mineiro e a construção.

Com estes dados, apesar de oficialmente o INE não usar o termo recessão para definir o estado da economia nacional, a verdade é que, de acordo com a "liturgia" financeira, três semestres em queda querem dizer isso mesmo: uma queda consolidada e, logo, a confirmação da recessão instalada no país.

Isto, a par de uma inflação acima das previsões do Governo, que se situa nos 18,6%, quando o Executivo previa que esta se ficasse pelos 18%, ainda segundo os dados do INE.

Todavia, segundo analistas, este valor para a inflação é considerado baixo, constituindo um indicador positivo para a economia angolana, podendo mesmo ser considerado uma surpresa.

Isto, porque o próprio Governo tinha, até Outubro do ano passado, como referência em perspectiva para 2018 um valor acima de 28%.

A Alimentação e as bebidas sem álcool e os bens e serviços foram os sectores que mais contribuíram para a inflação em Angola, avançou ainda o INE na conferência de imprensa realizada para divulgar estes resultados.