A notícia é avançada pelo jornal económico Expansão, que cita uma fonte da companhia petrolífera nacional, e escreve que "esta não é uma tarefa simples pois a estratégia de saída da Sonangol das suas participadas do sector financeiro em Angola e Portugal por via de parcerias com investidores privados foi construída e deverá ser operacionalizada à margem do Programa de Privatizações".

Segundo o mesmo semanário, o Estado tem preferência por vender as acções por via do Mercado de Bolsa por permitir maior transparência, mas tal dependerá de um consenso com os outros accionistas.

A vontade da Sonangol de alienar a participação nos cinco bancos comerciais em que a petrolífera estatal tem investimentos já não é novidade. Carlos Saturnino disse, em Fevereiro de 2018, que estava a ser feita uma análise no âmbito da reestruturação da petrolífera, de modo a torná-la "mais pequena e ágil".

"Fazer a análise de cada banco, o nível de participação que a Sonangol tem nesse banco, rendimentos que esse banco tem dado, dá, ou pode dar à Sonangol, que sinergias podem ser criadas com cada uma dessas participações e só depois tomar uma decisão, porque, os montantes envolvidos na participação nestes bancos são muito elevados. E não estou só a falar em Angola. Também temos investimentos fora de Angola", disse Saturnino, à data Presidente do Conselho de Administração da petrolífera.

A Sonangol tem acções em bancos a operar em Angola, como são os casos do BAI (8,5%), BFA (13,0% de participação indirecta por via da Unitel); Caixa Angola (25,0%) Banco Económico (31,5%), e em Portugal as acções no Millennium BCP (19,5%).