Esta medida, segundo fonte do gabinete de comunicação da TAAG, foi decidida em função das recentes alterações no mercado cambial nacional e resulta da necessidade da companhia adequar o preço das viagens nas suas rotas a essa realidade.

Recorde-se que a TAAG, tal como a generalidade das restantes transportadoras a operar em Angola, já não vendem bilhetes em kwanzas nas viagens com início no estrangeiro, essencialmente devido à dificuldade em expatriar dividendos em divisas.

As alterações, no que respeita às rotas internas, só não serão aplicadas na viagem TAAG entre Cabinda e Luanda, e vice-versa, à qual, de acordo com um Decreto Presidencial, será aplicada uma tarifa subvencionada pelo Estado que tem como objectivo reduzir os custos de pouco mais de 39 mil kwanzas para 27 mil.

A subvenção estatal atribuída à TAAG tem como justificação o facto de Cabinda ser a única província que não tem ligação terrestre com o restante território angolano.

A TAAG tem vinte voos semanais Luanda-Cabinda-Luanda.

O custo das passagens aéreas foi fortemente contestado, nos últimos anos, pela população de Cabinda, que se sente prejudicada em relação ao resto do país, e isso mesmo foi transmitido ao Presidente da República durante um Conselho de Ministros descentralizado que teve lugar em Novembro último, durante o qual este medida foi tomada e anunciada.

Recorde-se que, já de acordo com a flutuação cambial, o dólar sofreu uma desvalorização na terça-feira, passando de 166 para 185 kwanzas por cada dólar e o Euro passa de 185 para 221 kwanzas.