Jair Bolsonaro já disse que quer, com esta deslocação oficial aos EUA, construir "uma aliança pela liberdade e prosperidade", colocando-se claramente do lado dos melhores amigos de Donald Trump, sublinhando que há muitos anos que o Brasil não tinha um Presidente que não é "anti-americano".

"Há muito tempo que um Presidente brasileiro que não é anti-americano chega a Washington", disse Bolsonaro, através das redes sociais, assim que chegou a Washington, acrescentando que esta sua visita "é o começo de uma parceria pela liberdade e prosperidade".

A mesma plataforma, o Twitter, foi usada pelo Chefe de Estado brasileiro para dizer que o seu país e os EUA, juntos, "assustam os defensores do atraso e da tirania" no mundo.

E questionou: "Quem tem medo de parcerias com um país livre e próspero? É o que viemos buscar!".

Para já, conseguiu, como o próprio explicou, poupar no alojamento, porque o seu amigo Donald Trump proporcionou-lhe uma "honra" concedida a poucos", que foi abrir-lhe as portas da Blair House, uma dependência próxima da Casa Branca que é utilizada em ocasiões especiais e "não custa um centavo aos cofres públicos" brasileiros, graças ao "respeito e carinhos" do Governo norte-amerciano.

Hoje, Jair Bolsonaro participa num fórum de investimentos e noutro sobre "o futuro da economia brasileira", organizado pelo Comité Empresarial Brasil-Estados Unidos e na terça-feira vai ser recebido por Donald Trump.

Durante esta visita, os dois países vão assinar vários acordos, da área da energia à segurança e defesa, passando pelas novas tecnologias e a eventual utilização de uma base brasileira para o lançamento de foguetões norte-amercianos.

Trump e Bolsonaro vão ainda analisar os temas mais importantes para os dois lideres no mundo, com a crise da Venezuela no topo da agenda, até porque ambos querem ver o regime chavista de Nicolás Maduro cair e ser substituído por uma liderança de Juan Guaidó, a quem Brasília e Washington foram os primeiros a reconhecer legitimidade enquanto Presidente interino.