O comandante-geral da Polícia Nacional, comissário Ambrósio de Lemos, disse à Rádio Nacional que "estão a ser tomadas medidas de contenção para que não haja penetração de forças armadas" em Angola, a partir da zona do Kasai, na fronteira da Lunda Norte com a RDC.

"Nós não podemos ficar impávidos", sublinhou o responsável, referindo-se à violência dos confrontos que têm eclodido na região, de onde terão fugido mais de 12 mil refugiados congoleses nos últimos dias.

Aliás, só no Centro de Acolhimento de Mussungue, na Lunda Norte, estavam instalados, no último domingo, mais de 3.200 refugiados, dos quais 1.400 eram crianças.

Outro dos reflexos da violência na vizinha RDC são as valas comuns, que ontem voltaram a estar na ordem do dia, com a descoberta de mais 17 "depósitos" de cadáveres.

O conflito entre as forças de segurança da RDC e as milícias afectas a Kamwuina Nsapu, antigo chefe tradicional com grande influência nas províncias Kasai, já provocou mais de 400 mortos desde Julho de 2016.