Com um nome que só se distingue do do pai pela ordem em que aparecem os apelidos Nguema e Obiang nos documentos de identificação, Teodoro Nguema Obiang tinha quase 1,5 milhões de USD em notas e mais de 15 milhões em objectos de luxo, especialmente relógios em ouro e com diamantes, entre outras jóias, em duas malas.

A revista foi feita pela polícia porque o Vice-presidente da Guiné Equatorial, um dos países com pior índice de desenvolvimento em África, apesar de ser um grande produtor de petróleo, viajou para o Brasil em visita fora da agenda oficial.

No entanto, em reacção a este imbróglio diplomático entre dois países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), a embaixada guineense em Brasília veio a público garantir que nada de ilegal foi feito pelo governante.

O Vice-presidente da Guine Equatorial "não cometeu nenhuma infracção ou irregularidades", garante a representação diplomática, acrescentando em comunicado que o que sucedeu foi precisamente o contrário de uma irregularidade, apesar de a lei brasileira obrigar à declaração dos valores superiores a 2 400 USD, ou 10 mil reais.

Teodoro Nguema Obiang "foi vítima de desacerto entre duas autoridades políticas e administrativas brasileiras", o que, esgrime a embaixada, "só pode ser atribuído ao período de campanha eleitoral que o Brasil vive". O ciclo das eleições presidenciais brasileiras estão marcadas para terem início 07 de Outubro, incluindo a eleição dos governadores dos estados e parlamentares.

A Guiné Equatorial garante ainda, em tom de ameaça, que a revista à bagagem do Vice-Presidente, conhecido por Teodorin, e filho do autoritário e no poder há quase 40 anos, Teodoro Obiang Nguema - que já tem no registo vários casos na justiça, nomeadamente em França -, contrariou as normas internacionais ao ter sido retida parte dos pertences do Vice-presidente.

Teodorin Obiang é mundialmente conhecido pela vida faustosa que leva um pouco por todo o mundo, ostentando riqueza.

foi já condenado em França por corrupção e lavagem de dinheiro e tem inquéritos a correr na justiça dos EUA, na Suíça, e, entre outros, em Espanha, em todos eles por suspeitas de lavagem de dinheiro com origem duvidosa no seu país, que é um dos mais desiguais do mundo e onde mais de 2/3 da população vive em extrema pobreza.