Aloysio Nunes fez estas declarações após um encontro com a sua homóloga namibiana Netumbo Nandi-Ndaitwah, a quem abriu a porta das universidades brasileiras aos jovens namibianos que quiserem aproveitar a oportunidade.

Os dois governantes sublinharam ainda a existência de um corredor diplomático aberto para o reforço das relações bilaterais, com o ministro brasileiro a acrescentar, citado pela imprensa namibiana, que, "devido às dificuldades económicas, o Brasil procura agora programas de investimento seguros e que sejam claramente mais-valias" como afirma ser o caso da Namíbia.

A Namíbia é o primeiro país africano a ser visitado pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil desde que tomou posse no Governo de Michel Temer, sendo de notar que esta preferência, até há alguns anos, era para os países lusófonos, nomeadamente Angola, que agora fica de fora deste périplo pelo continente que contempla ainda o Botsuana, o Malawi e Moçambique.

A ministra namibiana considerou esta visita de Nunes como um "atestado da importância que o Brasil atribui às relações bilaterais" entre Brasília e Windhoek.

Um dos pontos que está em cima da mesa é a criação de um corredor marítimo entre os portos de São Paulo e Walvis Bay, que facilite o transporte de mercadorias entre os continentes africano e (sul) americano, sendo que, para além da importância que esta linha tem para os dois países, ela, segundo Netumbo Nandi-Ndaitwah, é ainda importante para os países da SADC e sul-americanos.

Um dos pontos igualmente em discussão entre Windhoek e Brasília é o apoio do país lusófono à escolha da Namíbia como sede do escritório africano do Fundo Verde para o Cilma, organismo global criado em Cancum, México, em 2010, que tem como objectivo atrair investimentos para a ajuda aos países em desenvolvimento para se adaptarem às alterações climáticas.