Os exercícios navais em curso ao largo da Península Coreana, conduzidos por um conjunto de meios, navios e aviões, foram marcados para dar uma resposta ao mais recente teste com um míssil balístico intercontinental (ICBM) efectuado pela Coreia do Norte que, conforme foi analisado por especialistas norte-americanos, provou ter capacidade para atingir todo o território dos EUA, faltando apenas certificar a capacidade do projéctil para transportar uma ogiva nuclear.

"Agora só é necessário saber quando é que a guerra terá início", disse um porta-voz do Governo de Pyongyang, citado pela imprensa internacional a partir da agência de notícias oficial da Coreia do Norte, em reacção às movimentações das Forças Armadas dos EUA e da Coreia do Sul.

As referidas manobras militares só deverão terminar no próximo fim-de-semana e até lá qualquer resposta por parte de Kim Jong-un pode ser o rastilho que fará explodir o barril de pólvora que está a ser aumentado a cada diz a cada diz que passa numa toada de resposta e contra-resposta que pode terminar no caos nuclear, como o evidenciam as últimas palavras vindas de Pyongyang.

O Regime de Jong-un diz que "não deseja a guerra" mas que ninguém pense que se vai esconder de um conflito e que se o Presidente norte-americano, Donald Trump, resolver "testar a paciência" da Coreia do Norte estarão a "acender o rastilho" de um guerra nuclear.

Nesse caso, disse ainda o regime de Pyongyang através das agência de notícias da Coreia do Norte, os EUA "pagarão as consequências" do recurso ao "poderoso arsenal nuclear" que os engenheiros norte-coreanos têm "fortalecido de forma clara nos últimos anos" e que pode "queimar até à morte" a maior potência militar do mundo se Washington e Trumpo não agirem "com cautela e muito tacto".

Esta troca de "mimos" entre Pyongyang e Washington já dura há vários meses, como o Novo Jornal Online tem vindo a acompanhar e cujas notícias podem ser revisitadas aqui, aqui ou aqui.