Esta ameaça veio da embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, no âmbito de mais uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, e depois do Presidente Donald Trump ter deixado um lacónico "vamos tratar deste problema" assim que foi conhecido o lançamento do novo e poderoso míssil norte-coreano.

Apesar de na memória colectiva estarem frase de Trump como "fugo e fúria" sobre Pyongyang "como o mundo nunca viu" ou, no sentido inverso, "um mar de fogo" que afogará os EUA, a diplomata norte-americana na ONU garantiu que Washington "não procura uma guerra com a Coreia do Norte" mas se esta suceder "o regime será totalmente destruído".

No entanto, desta feito, ocorreu uma alteração subtil ao discurso vulgarmente tido nestas circunstâncias: Haley afirmou que a haver um ataque norte-americano à Coreia do Norte será em resposta a actos de agressão "como aquele que ocorreu ontem", querendo a representante dos EUA na ONU dizer que aquela agressão de ontem o disparo do míssil balístico para o Mar do Japão, é motivo suficiente para destruir a Coreia do Norte.

Entretanto, sucedem-se conversações entre as potenciais regionais e globais, com a China a pedir calma e negociações, com a Rússia a alinhar pelo mesmo diapasão, exigindo calma e negociações, mas o Japão e a Coreia do Sul, a exigirem uma solução definitiva para este perante problema e constante ameaça.

A única certeza é que do ponto de vista militar pouco ou nada deverá mudar nos próximos dias, mas há um acordo tácito global para aumentar a densidade das sanções comerciais sobre Pyongyang.

Trump volta às charadas

Para enfeitar este cenário, o Presidente americano voltou às graçolas, chamando agora "cachorrinho doentio" a Kim Jong-un, depois de se ter dirigido a ele como "baixote e gordo" por troca da insinuação de Kim de que Trump é um "velho caquéctico e irresponsável". Pelo meio, Trump tem dito que anda a fazer um "grande esforço para ser amigo de Jong-un".