O nome do aparelho, que na verdade se assemelha, em versão miniatura, aos velhos "space shuttle" que a agência espacial norte-americana NASA deixou de usar há cerca de seis anos, não é conhecido, excepto pela sigilosa designação de X-37B, e a pergunta que é feita pelos jornais e cadeias de televisão norte-americanos é: o que anda a Força Aérea a fazer no espaço?

Para já, sabe-se que o "X" já completou, pelo menos, três longas missões no espaço, a última, que terminou no Domingo, durou quase dois anos, tendo o aparelho aterrado na Florida, em vez da Califórnia, como sucedeu das duas primeiras vezes.

Nas imagens transmitidas pelas TV"s, como a CNN, apenas se consegue ver, à distância, o "X" a aterrar, e as pessoas que vivem mais próximo da pista deram pela sua chegada depois de ouvirem um "boom", resultante, provavelmente, da quebra da barreira de som ou da entrada na atmosfera terrestre.

Um dos responsáveis pelo sigiloso projecto da Força Aérea dos EUA, o general Waine Monteith, citado pela CNN, garantiu que a sua equipa está "muito satisfeita" com o resultado do trabalho de anos à volta deste projecto, sem avançar quaisquer detalhes sobre a sua natureza e objectivo.

Mas as mesmas perguntas já tinham sido feitas em Maio de 2016, quando o "X" voltou à terra após mais uma das suas missões no espaço. E a única resposta obtida junto dos militares é que este aparelho está a ser utilizado em missões de voo espacial com tecnologia reutilizável, como, na verdade, já acontecia com os "vai e vem" antigos, como o famoso "Space Shuttle" Columbia, que foi o primeiro a ser lançado, no longínquo ano de 1981.

Entre as mais variadas especulações para justificar a existência do X-37B passam por actividades de espionagem sobre países como a Rússia, China ou Coreia do Norte, a experimentação de protótipos bélicos no espaço ou, a mais rebuscada de todas, a sua utilização em contactos ultra-secretos com extraterrestres.

A próxima missão do "X" está marcada para finais deste ano.