Mais de três mil mesas de voto distribuídas pelos 29 círculos eleitorais da Guiné-Bissau abriram sem incidentes às 07:00 locais para a realização das eleições legislativas.

A votação para escolher o novo parlamento envolve mais de 761 mil eleitores e encerra às 17:00.

Segundo a agência Lusa, meia-hora antes do início da votação, ainda noite escura, já se encontravam filas nalguns locais de voto, junto à Udib, uma tradição num país em crise política permanente, mas em que cada acto eleitoral é uma festa.

A circulação está condicionada e só os elementos autorizados pela Comissão Nacional de Eleições pode circular entre os vários pontos de controlo espalhados pelo território.

As eleições vão ser acompanhadas por observadores internacionais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana e dos Estados Unidos da América.

Entre os 21 partidos políticos que se candidatam às eleições, destacam-se o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das legislativas de 2014, e o Partido da Renovação Social (PRS), segunda maior força política do país, mas que esteve no Governo da legislatura que agora termina.

Na corrida participa também o Movimento para a Alternância Democrática (Madem), criado há oito meses por um grupo de dissidentes do PAIGC.

A segurança do acto eleitoral vai ser garantida por um efectivo de 6.000 elementos das forças de segurança e de defesa.

As eleições legislativas de hoje visam acabar com a crise política que existe no país desde 2015, quando o Presidente guineense, José Mário Vaz (PAIGC), demitiu o Domingos Simões Pereira do cargo de primeiro-ministro, depois de o PAIGC ter vencido as eleições em 2014 com maioria absoluta.