A indicação de Aristides Gomes, político experiente que conhece bem a complexa máquina governativa guineense, aconteceu após uma série de tentativas de formar Governo na sequência das eleições legislativas, que tiveram lugar em Março, e que foram ganhas pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

E ainda depois de o histórico partido ter apontado para a chefia do Executivo o Presidente do partido, Domingos Simões Pereira, a quem o Presidente da República recusou dar posse devido a fortes, antigas e pesadas quezílias entre os dois políticos.

Esta indicação, que põe fim à crise, surgiu depois de a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que mantém quase em permanência um gabinete de crise para lidar com as constantes crises em Bissau, ter dado um prazo limite para a indicação do primeiro-ministro e ainda para a marcação das eleições presidências até 23 de Junho, quando José Mário Vasz cumpre cinco anos no poder.

Este nomeou Aristides Gomes para a chefia do Executivo e apontou no calendário eleitoral as eleições Presidenciais para Novembro deste ano.l

Nas primeiras declarações do primeiro-ministro guineense, citado pela imprensa, disse que encara a função como "uma missão do PAIGC".

O PAIGC, por sua vez, avança que Aristides Gomes foi indicado em "nome da paz e da permanente preocupação com a estabilidade política da Guiné-Bissau".