A preocupação foi hoje revelada pelo Sistema Mundial de Vigilância e Monitorização da OMS para os medicamentos falsos e sem qualidade (GSMS), explicando que a malária é uma das doenças para a qual mais aparecem medicamentos falsificados ou sem qualidade, pondo em risco o combate a esta enfermidade onde ela mais vítimas faz, que são os países em desenvolvimento, nomeadamente em África.

O GSMS nota mesmo que os medicamentos falsos ou sem eficácia recomendada são responsáveis por milhares de kortes, especialmente de crianças infectadas com malária ou outras doenças, como a pneumonia.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, referindo-se a este problema, lembrou, citado pelas agências, a partir da sede mundial desta agência da ONU, em Genebra, na Suíça, um dos problemas desta realidade que é as famílias pobres dos países onde esta tem mais evidência gastarem o pouco dinheiro que têm para tentar salvar a vida das crianças sem saberem que os medicamentos que estão a adquirir não têm qualquer eficácia no tratamento destas doenças.

Estes dados foram revelados após a realização de uma centena de estudos locais que abrangeram perto de 50 mil produtos médicos, dos quais mais de 65 por cento eram destinados à malária.

Os medicamentos falsos, foi ainda revelado, são causadores de entre 72 mil e 170 mil mortes por pneumonia nos países pobres e perto de 120 mil de malária, por ano.

Os gastos dos países mais afectados com medicamentos falsos estão estimados em cerca de 30 mil milhões de dólares.